Tem rei e tem rainha na senzala brasileira Minha raiz é de primeira A Samba Puro não está pra brincadeira Da mãe África trago a história fascinante Vem do paraíso negro O meu enredo exuberante Criação de olorum A terra virgem dos Bochimanes Solar dos nobres negros Dos animais, das belezas naturais De olho na riqueza a coroa portuguesa Adornou-se do lugar O negro dominado foi pro mercado No vai-e-vem das ondas do mar E nesse troca-troca Propagou-se a escravidão O belo paraíso que virou assombração Nzinga, grande rainha guerreira Jinga é contestação Na voz da puro a indignação Depois da grande batalha Ficou a sua inspiração Ritual africano e cristão A dignidade ressurgiu Congada, maçambique no Brasil