É que a boca ela é louca O nariz é quem diz O dente que é muito valente A cabeça ela que padeça O queixo se queixa Mas o bigode não pode Se uma boca de cantor Já se pode dizer que é uma coisa tão pura Uma cabeça de poeta certamente que não passa nem pela censura Se a cabeça ela dura ela é pura loucura encuca e fica maluca Já da boca dali nem saliva se livra da língua da vizinha E fala cantor da vida da vizinha E lembra poeta da vida da vizinha