O tempo obriga deixar ir O tempo embaça o rosto de quem foi O tempo come e não vê nome O tempo engorda Os olhos de quem tem fome Tá com dê, tá com dó Tá com dê dó E o tempo atravessa Sem nem uma pressa Traduz em mim Que a vida desperta Abrindo uma brecha Agora a poesia está aqui Tá com dê, tá com dó Tá com dê dó O tempo alcança uma façanha O tempo esquece quem não te merece O tempo come e não vê nome O tempo engorda Os olhos de quem tem fome O tempo passa e marca o corpo O tempo foge e te acha de novo O tempo come e não vê nome O tempo engorda Os olhos de quem tem fome