Pateta Código 43

Poesia Venenosa

Pateta Código 43


Garoa fina, 3 da matina, e eu aqui na rua
Um lobo solitário, uivando pra Lua
Sigo pela sombra das esquinas tenebrosa
Traficando poesia venenosa

Um louco e delinquente fortemente armado
O sangue quente e o coração gelado
Infelizmente eu fui contaminado
Eu tô preso no futuro com lembranças do passado

Eu sou uma lenda, uma espécie em extinção
Um predador, um caçador de ilusão
Vi as lágrimas cair, senti o peso da responsa
E descobri que por aqui, o respeito não se compra

Emprestei o sorriso de um amor sem moradia
E aluguei meu coração numa dessas noite fria
Criei um universo de perguntas sem resposta
Entrei no jogo e dobrei a aposta

Hoje eu sei que a lealdade não tem preço
E que não existe o fim e sim um recomeço
Quantos irmãos se foi vítima da própria escolha
Cego pelo ego, preso numa bolha

Eu queria construir um futuro diferente
Dar valor nas coisas simples, cultivar o meio ambiente
Não é esse mundo que um pai quer pro seu filho
Em vez de um abraço e um beijo, o eco do gatilho

Eu queria ser um mago da periferia
Pra transformar a tristeza em alegria
Enquanto isso não acontece, eu vou cumprindo o meu papel
Colecionando estrelas que caíram do céu

É preciso coragem pra seguir
É preciso ter fé pra resistir
É preciso amar pra tentar ser feliz

A única certeza da vida é a morte
Me diz qual favelado não quer o malote
A meta é vencer sem pisar em ninguém
Não é questão de luxo nem de vaidade
Nós já passou por muita necessidade
Hoje em dia nóis já sabe quem é quem

A única certeza da vida é a morte
Me diz qual favelado não quer o malote
A meta é vencer sem pisar em ninguém
Não é questão de luxo nem de vaidade
Nós já passou por muita necessidade
Hoje em dia nóis já sabe quem é quem!