Sirvo a minha mão nesse banquete E ofereço pro jantar Deixo a minha luva no tapete Ponho outra em seu lugar Visto um terno novo sem colete Que roubei do meu irmão Como um astronauta sem foguete Que procura pelo chão Peço ao homem velho pra contar Sobre o filho que partiu Abro bem a boca pra falar Nem que seja um assovio Choro sem vontade de chorar Minto sobre o que mentiu Deixo o corpo todo balançar E subo logo no navio Vou contando até cem Vou contando até mil Esperando por quem? Quem morreu, ninguém viu?