Deixei o chão do nordeste Pra cantar por todo lado Cantando de peito aberto Mas tenho corpo fechado Mandaram fazer pra mim Um tal balaio de gato Mas eu tenho um santo forte Que até nó cego eu desato Meu machado é de madeira Derruba matas de aço Todos inimigos fogem Dos lugares onde passo Eu ando em noite escura Mas com Deus na minha frente Piso em rubia de cobra Mas ela esquece os dentes Me esperaram de tocaia Só a fim de me matar Cão de guarda não latiu E ninguém me viu passar Me atiraram pelas costas Nos sertão paraibano Mas o revólver falhou E correu água pelo cano Foram até na Bahia Apelar pro candomblé Queriam me derrubar Não cai, fiquei de pé Esqueceram que só Deus Que faz tudo e desfaz Eles vivem pertubados Mas eu vivo na santa paz