Não há, ó gente, oh! Não Luar como esse do sertão Se a lua nasce Por trás da verde mata Mais parece um sol de prata Prateando a solidão E a gente pega na viola que ponteia E a canção é a lua cheia A nos nascer no coração Não há, ó gente, oh! Não Luar como esse do sertão Coisa mais bela Neste mundo não existe Do que ouvir um galo triste Num sertão que faz luar Parece até que a própria lua Que descansa, se escondesse na garganta Deste galo a soluçar Não há, ó gente, oh! Não Luar como esse do sertão Ai quem me dera Se eu morresse lá na serra Abraçado a minha terra No milho onde eu plantei Ser enterrado numa cova pequenina Onde a tarde a sururina Chora a sua viuvez Não há, ó gente, oh! Não Luar como esse do sertão