Quero voltar prá a ilha, não quero voltar praí Sei que tu queres companhia Se fosse eu, não contaria com isso Deixa-me tar na minha, na minha miséria Deixa-me tar na minha, na minha miséria Deixa-me tar na minha, na minha miséria Deixa-me tar na minha (Não sei se estou em baixo porque esta vida não presta Ou se a vida não presta porque eu estou em baixo) Como é que me levanto da cama se hoje tou sem chão? Os meus olhos pesam tanto e os neurónios bocejam Tenho vontade de voltar ao ventre e ser um pequeno feijão E quanto mais penso, mais as feridas não fecham Ontem sonhei que tava na minha melhor versão Despertei e a minha alma ainda não fez a conversão A minha cabeça quer comprar uma briga com o coração Tu sabes que é o cliente que fica sempre com a razão A vida deu limões e eu não sei fazer limonada A cena ficou preta e eu não sei fazer caviar Quando dei por mim, já tava entre a parede e a espada Hoje eu só quero é ser capaz de escapar desta cavidade, oh (Oh-oh) Hoje eu sou frio pois eu sofri (Oh-oh) Sinto o vazio, mas ainda assim (Oh-oh) Prefiro tar aqui sozinho que tar ao pé de ti Quero voltar prá ilha, não quero voltar praí Sei que tu queres companhia Se fosse eu, não contaria com isso Deixa-me tar na minha, na minha miséria Deixa-me tar na minha, na minha miséria Deixa-me tar na minha, na minha miséria Deixa-me tar na minha Não sei se estou em baixo porque esta vida não presta Ou se a vida não presta porque eu tou em, porque eu tou em Porque é que sinto o peso do planeta nos meus ombros? Porque não dou desprezo e não quero saber como os outros? Às vezes me pergunto se esses conflitos do mundo São só um reflexo da luta entre a minha alma e o meu corpo Costumava vaguear, por aí, com os meus fones no ouvido Sons em modo repetido, só a fingir que não existo O pior é que ia conseguindo Meio-morto, meio-vivo, sem propósito ou motivo Até ouvir aquele beat, aquele snare, aquele kick Aquele flow, aquele ritmo, aquele amor com palavras De repente fez-se o click, era (a música) A minha tábua de salvação para eu deixar de tar à deriva E a cada repetição, ia mudando de perspetiva Como é que um estranho sabe tanto sobre a puta da minha vida? (Música) Aquela merda salvou-me a vida Agora sei que não tou sozinho, e tenho anjos a olhar por mim Eles podem nem tar aqui, mas eles andam sempre comigo E dão-me a força, dão coragem, confiança no meu instinto Dão-me a inspiração para expressar tudo aquilo o que eu sinto Hoje eu faço parte da música e ela é parte do que eu sou A cura para a minha loucura antes de qualquer comprimido Hoje sei que tudo passa e aquele tempo já passou Sei que aqueles sentimentos já não preciso suprimir Eles fizeram-me abrir os olhos e encontrar o tesouro O talento que eu tinha escondido dentro mim Eu não tava em baixo por ter acordado do meu sonho Tava em baixo porque o mundo ainda estava a dormir Champ, wake up, wake up Wake up, wake up champ Dont sleep now, you gotta go home You gotta go home, champ Quando o mundo despertar, vai deixar de ser preciso Ser preciso alguém morrer para ver o paraíso Quando o mundo despertar, tu vais ver que não é preciso Não é preciso morrer para ver o paraíso Não é preciso morrer para ver o paraíso Não é preciso morrer para ver o paraíso Para ver o paraíso, para ver o paraíso Para ver o paraíso, para ver o para Rapazes, tou a ir pó estúdio, querem surgir? Eu tou a chegar agora ao estúdio Vou ficar tipo até as seis, até cinco e meia, seis, mas Mas ya, acho que o Jonhny também tá a gravar, ya Por isso ya, vou lá agora Tranqui, eu já tou aqui no estúdio também Mas boy, não é preciso, vais ficar tipo até às cinco né? Então se ficas até às cinco não há stress We’re cool, no problem