Pangenianos

No barro Agreste Nasce

Pangenianos


No barro agreste nasce, só espinhos,
Uma flor - de beleza relativa -
Com raiz profunda, haste pouco altiva
Sem sonhos, perspicácia, sem caminhos
O sol endurece a casca, a raiz
Não vê água há tanto tempo. A pobre alma
Seca junto com a fome, que calma,
Pouco a pouco a mata e sequer lhe diz
Tentar enganar mais um dia a morte,
Tentar enganar mais um dia a fome,
Ter que dar a mais uma cria um nome,
Ter que dar a mais um nome um quinhão
De fé, para dar nessa vida um corte e
Criar um pé para ir a pé inté...