No barro agreste nasce, só espinhos, Uma flor - de beleza relativa - Com raiz profunda, haste pouco altiva Sem sonhos, perspicácia, sem caminhos O sol endurece a casca, a raiz Não vê água há tanto tempo. A pobre alma Seca junto com a fome, que calma, Pouco a pouco a mata e sequer lhe diz Tentar enganar mais um dia a morte, Tentar enganar mais um dia a fome, Ter que dar a mais uma cria um nome, Ter que dar a mais um nome um quinhão De fé, para dar nessa vida um corte e Criar um pé para ir a pé inté...