O meu nome é Parmera Meu irmão chama Luizinho Eu canto moda campeira Com muita alma e carinho Eu tenho um cavalo preto E tenho um burro picaço Eu não troco a minha vida Pela vida boa de quarqué ricaço Eu sou um fandangueiro Juro que não sou gabola Nunca rejeitei parada No braço desta viola Quando eu entro num pagode No salão ninguém me amola Se alguém fica mais engraçado Em cada braçada é quatro que rola Das morena dos meus pago Muito suspiro eu arranco Gosto de fazê bonito Quando amonto num potranco Carco as espora no bicho Encosto ele no barranco Boto a moça na garupa E saio macio sem dá solavanco Sou gaúcho de Pelotas O meu irmão é mineiro Eu tenho uma charqueada Que me dá muito dinheiro Meu irmão também trabaia É peão de mulambeiro Mas na hora do fandango Aqui tá dois peito que são brasileiro Mas na hora do fandango Aqui tá dois peito que são brasileiro