Bateu a saudade de para rodeio Sinchei o arreio na égua costada Procurei a volta e montei a cavalo No cantar dos galos numa madrugada Chamei a boiada perto do saleiro Que volteou ligeiro ao redor de mim Toca na culatra o meu companheiro Que sigo de ponteira e vou gritando assim Venha, venha, venha venha boi pra mangueira Venha, venha, venha que o dia clareou Se algum boi arisco refugar a porteira Já demo um serviço para cinchador O que mais se curar eu boto um sobre lombo Só pra ver o tombo do brazinu brabo Fumaça de abrado nós agarremo a unha Com a lida terrunha semo a costumado Demo uma folguinha ali no meio-dia Tudo é alegria pra essa gauchada A carne na brasa e um gole de pura Cansa só se cura abaixo de risada Vemha, venha, venha venha boi pra mangueira Venha, venha, venha que o dia clareou Se algum boi arisco refugar a porteira Nós jå demo um serviço para o cinchador Quando é de tardisinha a lida terminada Adeus encilhada em fremte do galpão A minha cordeona já está preparada Pra uma noitada de animação Gosto dessa vida do jeito que trago Pois lå no meu pago é uma brincadeira A lida campeira com a vizinhança Depois da festança que vai a vida inteira Salto na costada e volto de regresso Antes me despeço cantando pro povo O patrão da estância avisa a peonada Outra campereada tem festa de novo