Quando o impossível bater na porta Acorde a fé e mande ela atender Mas lembre, a fé sem obras é morta E a chave é simplesmente o que tu vai fazer Quando os semblantes não são tão risonhos Diante de gigantes medonhos Palavras duras são pás que cavam cova pros sonhos Os valores mudam tipo melé Revoltar ou voltar de ré Ninguém é imune, mas vê se não dorme Não se conforme, não se acostume Se o abismo parece infindável Se o laudo médico diz incurável Quando os pais se separam E aos poucos a fé no amor se esvai pelo ralo Se todas as vezes, todas as vozes desmotivam Seja o desfibrilador que mantém a fé viva Quando o impossível bater na porta Acorde a fé e mande ela atender Mas lembre, a fé sem obras é morta E a chave é simplesmente o que tu vai fazer O pior cego ignora a visão O pior soldado a missão Reflita, ainda que bonita, gaiola infinita ainda é prisão Prisioneiros com a chave da sela No cativeiro das fugas Na eminência da impaciência, a desistência te suga Quando tentou segurar um relacionamento E ele pulou do penhasco Quando a dor é tratamento e o sentimento é fiasco Molestado e num estado casulo, confuso recluso Mas o impossível só é real se a fé tiver em desuso Quando o impossível bater na porta Acorde a fé e mande ela atender Mas lembre, a fé sem obras é morta E a chave é simplesmente o que tu vai fazer