Meus pés vagam por onde eu não sei Traçando caminhos para errar O destino certo quem escreveu Não soube o ponto onde continuar. ...No céu azul escuro (o anoitecer) Lanço o meu pesar, esse suor, Que derramo na fria tarde: - Oh Deus! Amor febril que queima feito sol. A luz do dia vem me despertar Do sonho que queria ser real A vida simples e um longo amor Nem sempre mostra ser tão natural Ao lado livros que eu nunca li Falando de amor que nunca amei Se o nunca, nunca viveu o que eu vivi Sempre vou viver o que não sei. O som que desespera minh'alma É a espera no silêncio De um quarto quente e vazio O frio desse desalento. E essa febre que nunca acaba Faz rodeios em meus pensamentos É quando o medo ataca E a insegurança é só o que temos.