Lápis e papel Ponto cruz e pincel Linha do horizonte presa num carretel Cata-ventos, catedrais São Luiz, ilusão Lençóis lagos ilegais Luz, lisura, invenção Mundo aumenta se eu invento E se o mundo acabou Reviro e recorto Pinto e bordo de outra cor Porque eu não posso ficar só Sem rumo e pobre de marré Por isso invento de desinvento o que quiser Dentro do bolso levo um rio E ouço o mar noutro lugar Onde eu navego quando quero me inventar Onde eu invento quando quero navegar Onde eu navego quando quero me inventar