Ah mais que saudade tenho, da fazenda que eu amava Plantação também engenho que água gentil rodava Os escravo já liberto, lá no “Frias” trabalhavo Replantando em campo aberto, os alimento que faltavo Caranguejo em vasto mangue, a noitinha se caçavo Maruins sugavo sangue, das escrava que cantavo Os produto da lavora, se embarcavo nas canoa E nas tarde carma e lora, navegavo na “Gamboa” Nas Farinhada Festiva, convidavo-se os vizinho Pra se esquece da ativa e se mergulha no vinho Enquanto o engenho rodava, moendo a cana colhida Outra leva frabricava a cachaça bem curtida Quando a noite ia chegando, toda bela igual rainha Mulherada ia raspando mandioca pra farinha Mas faltando a radiola, no meu vestido de chita Danço ao som de uma viola, ou “fandango” ou “chamarrita” Com tamanco de madeira, os homi sapateavo E as moça namoradeira, as modinha elas cantavo Já no claro da aurora, se subia nos barranco Se alcançava a qualquer hora, a cachoeira do “Ronco” E nas água limpa e fria, nua me punha a banhar Deixava o resto do dia, inteirinho pra te amar É dessa terra que eu quero lembrar Quero aurora colorir esse lugar