Que corpo te sustentará que pernas ficarão no chão Que força te socorrerá quem é que te dará a mão O que te manterá de pé na hora da revolução Na rebeldia da maré no olho desse furacão Que roupa te protegerá revire a sua coleção Depois que o temporal passar seus trapos não mais servirão O que te alimentará me diga qual será o seu pão Se a fome que te abaterá abita no seu coração Me diga quanto irá pagar Vá logo conte os seus metais Calcule quanto vai gastar pra garantir a sua paz Quem é que vai velar por ti Responda quem é teu irmão Quem te defenderá aqui Quem te dará a proteção Se pensas que pode entender e decifrar toda equação, Não sabes que esse teu saber está cheio de contradição Teu ego quase nem notou Tão cego de contemplação A alma que te afugentou No fundo escuro do porão O que te falta meu irmão o que te deixa alucinado Não se vende não se compra nem se encontra no mercado É como a flor que se procura no espaço sideral É a mesma flor que brota farta em seu quintal.