Queria ser uma gota de orvalho Que durante a noite Caísse sobre o seu coração E então num repente Como a flor que desponta ao nascer do dia Sob o sol que a irradia Florisse também a nossa paixão Queria ser como a tempestade Que em uma ira profunda de maldade Arrasa tudo por onde passa E então num vento forte Ao soprar em direção ao norte Pudesse devastar a solidão Que teu coração transpassa Queria ser a mais bela melodia Que das cordas do violão ecoa Até tocar o mais profundo da alma E então numa canção singular Tal qual o pássaro a cantar Tocasse o seu coração Trazendo toda calma Queria ser, por fim, o seu homem Que do pranto do amor lhe comove Sob as asas da resignação E então um juramento eterno eu faria E com um beijo selaria Compassando a repentina batida Do meu e do seu coração