Chuva que cai na serra e molha a terra do meu sertão Chuva que cai na terra e vai em busca do ribeirão Meu jardim já sem vida Esperando você O meu poço está secando Esperando chover A roça,meu pão sagrado Esturricado como se vê A fome vai ser um vício Se nesse início de mês não chover Chuva que cai na serra e molha a terra do meu sertão Chuva que cai na terra e vai em busca do ribeirão Meu cavalo emagrecendo Sem ter o que comer O meu gado está morrendo Não consigo vender Meu sertão está tão triste Tudo consiste em desaparecer A fome vai ser um vício Se nesse início de mês não chover Chuva que cai na serra e molha a terra do meu sertão Chuva que cai na terra e vai em busca do ribeirão Está no livro dos livros Para quem quiser ler Que estamos no fim dos tempos Não adianta correr O calor está subindo E as águas vão indo ao desaparecer A fome já é um vício E é início para quem não crê Chuva que cai na serra e molha a terra do meu sertão Chuva que cai na terra e vai em busca do ribeirão