Eu sou o vento na rua deserta Aperta os olhos e vê Vazei o fogo do verão que chega Ardendo em pródigo prazer E vago forte madrugada adentro No epicentro da baía do guajará Um olhar afora é raso e frágil Pra me alcançar em pleno voo feliz Vejo um arco-íris no matiz do dia Pela fotografia do meu filho E o brilho metálico do futuro Nas mãos de operários alienígenas Mas, os indígenas são deuses Diante dessa gama de burgueses Meu verso uma adaga cega e inofensiva E viva a alternativa sociedade viva E oxalá a verdade seja minha E a ladainha nua do neoliberalismo Tropece em seu cinismo deslavado No altar já profanado da esperança Que nos sacrificaram as crianças Teu ouro um Zeus, um Deus sem vida Dá minimização à nossa lida Numa única saída eu digo não Ao pão amargo, e vago de novo Rezando na cartilha desse povo Que sonha e constrói o dia seguinte Pra plenamente a gente ser feliz Ser feliz Ser feliz Ser feliz Ser feliz Ser feliz Ser feliz Oh, oh, oh E vago forte madrugada adentro No epicentro da baía do guajará Um olhar afora é raso e frágil Pra me alcançar em pleno voo feliz Vejo um arco-íris no matiz do dia Pela fotografia do meu filho E o brilho metálico do futuro Nas mãos de operários alienígenas Mas, os indígenas são deuses Diante dessa gama de burgueses Meu verso uma adaga cega e inofensiva E viva a alternativa sociedade viva E oxalá a verdade seja minha E a ladainha nua do neoliberalismo Tropece em seu cinismo deslavado No altar já profanado da esperança Que nos sacrificaram as crianças Teu ouro um Zeus, um Deus sem vida Dá minimização à nossa lida Numa única saída eu digo não Ao pão amargo, e vago de novo Rezando na cartilha desse povo Que sonha e constrói o dia seguinte Pra plenamente a gente ser feliz Ser feliz Ser feliz Ser feliz Ser feliz Ser feliz Ser feliz Ser feliz Ser feliz E viva a alternativa sociedade viva