raspa a mão na rua e sente a dor da morte antiga raspa a sola suja do sapato é o fim do dia raspa a mão na moça e sente a coxa toda nua nunca sua raspa o coco da cabeça e até que sua mente cresça vá pra casa festejar raspa o pó de arroz da sua amante preferida raspa cuidadoso o bafo podre da bebida raspa a barba e pensa que o patrão vai dar aumento pelo bom atendimento pela sua garantia pelo pouco pensamento e mais um dia raspa o que lhe assusta em minha boca e lhe agride raspa essa poeira do meu braço e vê se enxerga a força que explode no meu sangue me alucina me enraivece e antes que o amor termine raspa a lama do meu rosto sujo pra olhar de perto a minha cara feia