De manhã muito cedinho, quando o sol devagarinho Vem rasgando a escuridão Ouço a voz da peonada, no galpão arrinconada Em roda de chimarrão De cacimba vem chegando a velha pipa derramando Gotas d'água pelo chão Vacas mansas na mangueira e ciscando muy faceira No terreiro a criação Meu Rio Grande do Sul, meu lindo pago, meu chão Minha querência eu te trago na forma do coração Gineteando a cavalhada, cruza o campo a gauchada Pra o rodeio e a marcação E o quero-quero alvissareiro que lhes avista Primeiro Grita a sua saudação Quando eu vejo a minha serra e a beleza desta terra Nos meus olhos o debuxo Prezo a Deus na minha crença Por esta ventura imensa de ter nascido gaúcho