Não me deixam respirar na indústria Onde fabricam o que eu não posso comprar Não me deixam respirar na indústria Onde fabricam o que eu não posso comprar Suas doutrinas justificam meu suor Seus discursos abafam minha voz Que tento as vezes, nos domingos de sol, Esquecer o quanto eles me possuem Com seus relógios de descansos pontuais Que pão é esse que a cada dia eles me cobram mais Que pão é esse repartido entre os pratos principais Que vinho é esse que envelhece junto com meu mal Que vinho é esse repartido entre as taças de cristal Não me deixam questionar a indústria Máquinas não podem ter coração Não me deixam questionar a indústria Máquinas não podem ter coração Então vestimos o mesmo uniforme Que nos insere na mesma produção Tudo bem, não morremos de fome O que não justifica a exploração Precisamos de muito mais que pão Que pão é esse que a cada dia eles me cobram mais Que pão é esse repartido entre os pratos principais Que vinho é esse que envelhece junto com meu mal Que vinho é esse repartido entre as taças de cristal