Osias Canuto

Ladeira Abaixo

Osias Canuto


Fugiu de casa à luz do dia
Falando alto, a deusa da folia
Nem pensou em mim
Saiu pulando de alegria
Baixou a louca, bebeu, cuspiu
Sacou a faca, lambeu o fio
E nem lembrou de se informar
Da dor que eu sentia
Eu, um barbaro inocente
Traido descaradamente
Varando a madrugada
Inutilmente
Sem sombra tua
Caiu de quatro, rolou ladeira
Vendeu barato,
Na noite terceira
Voltou pra mim
Cansada de tanta zoeria
Descarrilhou, chorou, pediu
Desafinou, desiludiu
E se agarrou em mim
Assim, como da vez primeira
Eu o louco apaixo nado
Um anjo macale exterminado
Em plena sexta-feira
Abandonado
Eu vou sambar

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