Eu fui criado em fazenda arranchado em galpão Parceiro da peonada e imediato de patrão Conheço a lida campeira cresci em cima do arreio Apreciando a natureza em rudes devaneios Fibra no braço e no que faço não me canso Meço o passo onde avanço só na manha do ganso Já domei um puro sangue pros arreios do patrão Também tenho algum talento numa gaita de botão Me gusta a lidar no campo e resisto sendo peão Os açoites do inverno e o mormaço do verão Ando na manha do ganso e uso sabedoria Sou paciencioso e sincero pra lidar com a parceria Admiro o respeito que ajuda manter os dentes O cemitério tá cheio de homem brabo e valente Tenho meus próprios princípios mas respeito os dos outros Benzedura e simpatia também entendo um pouco Depois da empreita feita meu corpo pede descanso Assim troteio na lida só na manha do ganso