Estou lembrando do meu tempo de mocinho Quando sozinho comecei ir ao povoado O meu cavalo era o zaino malacara De crinas longas e cascos bem aparados Meu pai amigo me recomendava sempre Enfrente a vida sendo honesto e franco E pra viver bem montado no lombilho Me presenteou um lindo pelego branco Pelego branco do carneiro mais bonito Essa relíquia desde então comigo vai Pelego branco que eu sempre contarei Com a brancura da alma do meu pai Por tantas vezes eu montado no meu pingo Pelos domingos saía a passear Me exibia com o meu pelego branco Causando encanto nas meninas do lugar Era a vida despertando em alvoradas Com namoradas todas cheias de encantos E foram tantas que realizaram sonhos No aconchego deste meu pelego branco Pelego branco do carneiro mais bonito Essa relíquia desde então comigo vai Pelego branco que eu sempre contarei Com a brancura da alma do meu pai O tempo passa tão depressa em nossa vida Nessa corrida eu também envelheci Mas conservei meu lindo pelego branco O qual agora presenteei pro meu guri Eu quero ver o meu filho orgulhoso Sair garboso sobre esse pelego branco E eu repetindo as palavras do meu pai Enfrente a vida sendo honesto e franco Pelego branco do carneiro mais bonito Essa relíquia desde então comigo vai Pelego branco que eu sempre contarei Com a brancura da alma do meu pai