Me criei batendo casco por este mundão afora Cortando pingo de espora da anca até a virilha Fui o xiru das coxilhas domado por excelência Aporreados da querência domei e botei encilha Serviço rude e pesado sempre foi comigo mesmo Andar vagando a esmo nunca foi o meu feitio Bastava um assobio meu pingo se apresentava Pra lida eu me mandava sem temer calor nem frio Sou massa bruta para o que der e vier Mas viro num cordeirinho nos braços de uma mulher Com respeito e com carinho qualquer moleque me dobra Mas sou brabo que nem cobra se me fazem desaforo Não respeito nem o choro na hora do tempo quente Já larguei muito vivente com minha marca na couro Já desmanchei muito baile onde entrei de carancho Quebrei tramela de rancho nas paletas da indiada Brigando por gauchada dei pau a troto e a direito Cruzei por bretes estreitos mas nunca perdi coerada