Toda hora, todo instante tem alguém dizendo aí Tá mentindo quem disser que nunca deu um ai E nesse ai, ai, ai a nossa vida vai A dor ensina gemer e ensina dizer ai Ai, ai, ai, por costume ou cacoete, todo dá seu ai Ai, ai, ai; ai, ai, ai; ai, ai, ai, carrapato não tem ai Todo mundo tem motivo, nem todo ai é de dor Tem o ai que é suspirado, de quem sofre por amor Também tem o ai gemido, de prazer e de ternura Tem o ai de apavorado que até parece loucura O vovô e a vovó, a mamãe e o papai Os padrinhos e os tios, os amigos dizem ai Tanto ai que sai e vai, dar um ai é tão comum Tem cada ai esquisito que até parece um pum