Alço a perna na torena e mando abrir a porteira O meu mango sobe e desce como pau de lavadeira Reiúno tem que ser tigre para me sacar dos meus cacos Quando a espora deixa guejas da "minha marca" no sovaco Os meus cravos bem afiados sacam longas da paleta Com o beiçudo campo a fora bufando e dando gambeta Vem com a vida segura nos tentos do cabrestilho E à virgem que me acompanha na cabeça do lombilho No que cruzou do açude já tinha pasto nas ventas Com os olhos rubrus de sangue e adivinhando tormenta Mirou a costa do mato e enveredou para o passo Se esquivando das "prateadas" com patada e manotaço Quando me apeio no rancho depois no causo passado O potro outrora ventena, vem pastar no meu costado Parece entender que a Dona faz parte da dura lida E ensina homem e cavalo as duras penas da vida