Ao tranco numa bragada Assoviando no varzeiro Lá vai o Rosa Saucedo Saindo para uma tropeada Espora Grande, Galho atado E o pingo trocando orelha Vai de baixo dos pelegos Uma meia rês de "oveia" Beijou a Dona Nadir Antes de sair, abraçou os piás Largou a Tropa na estrada Pras bandas do caverá e o vento hasteia a bandeira No seu pala bichará Rosalino o teu destino Um tocaia desfez Morreste no fio da faca Igual a noventa e três E a tropa berra na estrada Pra te lembrar outra vez Bate, bate casco, bate, bate mango Bate, bate casco Tilintando a espora É a cantiga dos tropeiros Que se escuta estrada a fora Êra boi, êra boi, êra boi, êra boi O destino do tropeiro É o mesmo destino do boi Êra boi, êra boi, êra boi, êra boi Num repente estrada a fora A vida vai levando os dois Rasqueteou bem o lubuno Quebro o chapéu na copa E um dia se foi pro céu Na culatra Duma tropa As vezes cruza um emponchado com protos da recoluta Me faz Lembrar o rosalino E aquela estampa gaúcha E nessa vida tropeira Andou pela fronteira, lá pelo Itaqui Naquelas picadas brabas Só ele sabia ir Tirando gado da enchente Na costa do Cambaí Êra boi, êra boi O tempo se foi pesando num cargueiro Pra tráz ficou a saudade Tilintando num cincerro E uma tropa de tristeza Berrando o saladeiro Bate, Bate...