Erguendo a gola do poncho quando bate um nordestão Porque vem areia fina de Joinville ao quintão Mas quem lida na fazenda não pode esperar o verão E eu ando de atravessado c'um plantel de redomão (Aprendi a ginetear no balanço da canoa E dar meu tiro de laço tarrafeando na lagoa Cada onda que se vem e uma lembrança que vôa Então eu sorvo um amargo com aquela caninha boa) Trago a cultura açoriana no meu jeito de cantar Mas quando ronca a cordeona já saio tirando par Asso no mesmo braseiro a tainha e o costilhar Toldo o pingo e puxo a ponta nas cavalgadas do mar E quando alguém me pergunta donde vem este bagual Com pegadas de marujo couro curtido de sal Respondo meio cantado por favor não leve a mal Mas reponto o gauchismo pras bandas do litoral