Ajeito o pingo todo final de semana Saio do rancho procurando algum surungo Desses campeiros que sacode a gauchada Onde a bailanta fica lá no fim do mundo Neste retoço de cordionas e guitarras Com um pandeiro fazendo a marcação Não tenho pressa em voltar de madrugada Pois sou campeiro fandangueiro de galpão E a vaneira vai E a morena vem Nesta balanço fandangueiro de galpão E a vaneira vai E a morena vem Neste compasso da vaneira eu vou também Entro na sala pacholento e bem pilchado Correndo os olhos pelos cantos da bailanta Vejo a morena que se embala bem faceira Sorriso largo da maneira que me encanta Eu me aproximo para encurtar a distância Dá-me uma vasa prá despertar a paixão Bailo de perto prá sentir sua fragrância Pois sou campeiro fandangueiro de galpão E a vaneira ... A noite passa e o gaiteiro segue o baile Um bom fandango não devia terminar Sem os carinhos de um flor de campeira E as promessa que sai do teu olhar A gaita velha vai roncando outra vaneira Com bordoneios das cordas do coração Tua lembrança vou levar prá vida inteira Pois sou campeiro fandangueiro de galpão