Quando se apeia a inspiração, musa campeira É qual tropilha retouçando a Deus dará E o verso arisco que do peito abre a porteira Campeia a gola do ponchito-bichará Então galopa amuntada em ventanias A devoção de um cantador que pirilampo Pinta de estrelas o treval das melodias Mostrando ao mundo o que sente pelos campos Esta é a força do atavismo que conheço E traz a essência mais crioula do galpão Pois um gaúcho às paixões não bota preço Porque não vende o que nasce ao coração E pela estrada da memória, em recorrida Por ser mascate das canções, com encomendas Sempre semeio nos cantares paz e vida Dizendo aos jovens que este amor nunca se venda Dá-lhe Rio Grande, arrocinaos desalentos E imita a chispa de um foquito galponeiro Subindo aos ares pra alumiar os sentimentos que se derramam pelos dedos do gaiteiro Esta é...