No correr da sanga ponho os pés descalço E o frescor dos matos me penetra a alma E o frescor dos matos me penetra a alma Quando a vida se faz dura e a tristeza me acompanha Eu volto a beira da sanga olhar a tarde madura Quando a vida se faz dura e a tristeza me acompanha Eu volto a beira da sanga olhar a tarde madura Eu volto a beira da sanga olhar a tarde madura Ainda sou menino de passar a vida A jogar pedritas no cristal fugido A jogar pedrita no cristal fugido Ainda sou menino de passar a vida Ainda sou menino de passar a vida Mesmo quase velho me transformo em moço Pra nadar de novo nessas águas lerdas Pra nadar de novo nessas águas lerdas Eu trago os braços pesados, calejadas mãos vazias Para molha-los nas frias vertentes do meu passado Eu trago os braços pesados, calejadas mãos vazias Para molha-los nas frias vertentes do meu passado Para molha-los nas frias vertentes do meu passado Sempre sou criança de bombacha parda A fugir das tardes para a mesma sanga A fugir das tardes para a mesma sanga Sempre sou criança de bombacha parda Sempre sou criança de bombacha parda