Larga pra mim o zaino negro endemoniado Pois eu me agrado é de surrar potro veiaco E assim de pronto eu vou pro lombo e firmo o corpo Neste sufoco deixo o tinhoso um caco Sou pelo duro e me criei nesse serviço É meu oficio tirar balda de cavalo Por ser campeiro me agrada a xucra lida Esse á a vida e Deus me deu por regalo Vivo grudado nas crinas de algum veiaco bocudo Na faculdade da doma me criei sem muito estudo E hoje ando pelo mundo educando os cogotudos Na faculdade da doma me criei sem muito estudo No lombo liso de uma ventena eu me garanto Nunca me espanto com tanto pulo e gambeta Sou fronteiriço mescla de bugre e chimango Baixo-lhe o mango e cravo a espora na paleta Não me perguntem quantos potros já domei Até nem sei, pois foi um eito e mais um tanto Perdi as contas dos que já botei minha marca Pingos monarcas que hoje relincham meu canto