Brotei de um tempo onde a pátria axucrada Trouxe entonada na pua o timbre de galo E à picumã eu retovei este galpão Do coração pra ser portal de algum regalo Minha raiz traduz na sua própria estampa Toda esta pampa que o gaúcho idolatra Com meus pesuelos trago a saudade gaviona Que repechona vem tropeando a culatra (Dentro do peito corcoveia uma doutrina Estirpe e sina palanqueando a tradição Sou como o rio, que vai legando mil caminhos Tirando espinhos em cada aperto de mão) De onde vim eu trouxe herança galponeira Velha bandeira de um atavismo curtido Mesclando campo com o sabor desta querência Reminiscência do meu pago mais querido Os horizontes que eu repontei a cavalo Mastigam pealos deste amor que retempera Não tem um quera que more aqui no Rio Grande Que o seu sangue não valha a sua terra