/Que barbaridade tá bagual esse fandango Vou chacoalhando e corcoveando a noite inteira Bamo gaiteiro finca os dedo na cordeona Que a chinoca querendona perde a fama de faceira E nesse embalo bem grudado na pinguancha Que se deslancha num estilo fachundaço Fandango bueno e esta china é companheira Vai bailar a noite inteira no calor dos meus abraços/ Sou um pente fino me criei nas madrugadas Não frouxo parada pra chinoca dançadeira E nesse tranco de baila com os pé trocado Gaiteiro faça um costado que a noite vai ser pequena Rasga esse fole pouco importa custuremo Pois não paremo nem que os padre reze a missa Venha chinoca tu que é boa de fandango Que eu daqui saio calando mesmo que corvo em carniça De relancina bombeio ao redor da sala E só por farra passo a roseta no chão Num sarandeio trago a chinoca por cima Só pra vê-la joga as crinas lá nas quinchas do galpão E assim se bamo que nem bala de garrucha No pega e puxa abrindo cancha para frente Seguindo firme enquanto a gaita vai roncando Eu vou com ela, corcoveando que nem cobra em terra quente