Meu baio enfiou a cara No meio das duas mãos Fincou o focinho no chão E prendeu-se a veiaquear De cima quis me tirar Credo em cruz nossa senhora Eu disse vai ser agora Que vamos nos acertar. Mas eu gosto do meu baio É cavalo de patrão Depois daquela sumanta Deixei de rédeas no chão A golpes e manotaços Saímos se chacoalhando O meu pingo corcoveando Minhas esporas eu cravo Ele sabe que sou bravo Não tenho medo da morte Sou pior do que o vento norte Se misturando com o diabo Refrão Mas eu e este meu pingo Temos um acerto de contar De tantas que ele me apronta Nesta história vou dar fim Ficou manso de celim Pra carregar minha prenda Piqueteiro da fazenda Até chegar o seu fim