Lá vem a baiana, De saia rodada, De sandália bordada, Vem me convidar para sambar. Mas eu não vou. Lá vem a baiana, Coberta de contas, Pisando nas pontas, Achado que eu sou o seu ioio. Mas eu não vou. Lá vem a baiana, Mostrando os encantos, Falando dos santos, Dizendo que é filha de Senhor do Bonfim. Mas pra cima de mim!? Pode jogar seu quebranto que eu não vou. Pode invocar o seu santo que eu não vou. Pode esperar sentada, baiana, que eu não vou. Não vou porque não posso resistir a tentação. Se ela sambar, eu vou sofrer. Esse diabo sambando é mais que mulher. E se eu deixar ela faz o que bem quer. Não vou, não vou, não vou. Nem amarrado. Porque eu sei que uhum, uhum, uhum, uhum.