Sou Pedro Silva de Vera Odeio selva de fera A natureza me espera Verde mãe minha cor O meu cavalo é de osso Eu lhe beijando o pescoço Ele me leva no dorso Aonde o sol vai se por Eu só preciso de um prato E pouco mais que um trapo E o nosso amor será um trato Que jamais terá fim Arruma tudo vambora Ora vambora se embora E a sanfona de fora Vai tocando pra mim É tombo é chuva caindo É lombo é burro subindo O vento venta zunindo E a carroça quebrou O vento roda moinho A casa de um passarinho Um kitnet de ninho Nosso filho salvou Afia o fio da faca E faz um feixe de estaca E finca pé na barraca A chuva passa passou E vem a noite estiada E vem a lua molhada E a sanfona danada E nós vivendo de amor