Bota o basto na poesia quando a aurora se debruça Pressinto a barra do dia e o faro logo se aguça Total se estou mal dormido não me custa amanhecer Cantando um verso comprido só pra ver o Sol nascer Batucas com o bordão troteio lento na prima Com a gaita de botão e o fole xucro se empina O verso é uma conseqüência pra quem canta a vida inteira Que vem rever a querência neste retorno a fronteira O rio cruza corcoveando bagual xucro e desconfiado Como a mandar mareteando que eu cante um verso rimado Nos mates largo que sorvo, ao cheiro do campo em flor No ventre da mata virgem vestindo o verde frescor