Cara suja, pés descalços, calça curta se chapéu Sorrindo dos risos falso implora perdão ao leu Cantando o choro dos altos todos coberto de céu Camisa cobrindo o cós, a mão aberta estendida O riso embargando a voz da multidão comovida Ante o perfil do algoz procura nova saída O teu amor, minha voz, a tua mão estendida O que seria de nós se não houvesse outra vida Olhar atado no chão, pensamento na distância Os braços da solidão pedindo mais tolerância E um pedacinho de pão pra nutrir a sua infância Piazito esse meu verso foi tirado bem do fundo Do ventre no universo pra ornamentar teu mundo De sentido tão diverso que vem e vai num segundo