Sou qual o cerno de angico onde me aquento Retemperando o corpo e alma lentamente Quando me quedo a escutar um chamamento E tiro um verso da idéia num repente Vivo tranqueando embebedado de horizontes Sonhos povoeiros e vivencias campesinas Campeando atalhos com raiz nas velhas pontes Céu matizado nas aguadas das retinas Sou contraponto de cordeona e de guitarras Imaginária comunhão que me arrebanha Tropel de cascos que as cancelas escara Misto de ânsia e de saudade da campanha Sou qual duende enforquilhado nos pelegos Num trote largo busco o norte com paciência Mas trago nacos com constancias e de apegos E nos peçuelos trago os rumos da querência Vivo peleando ao som de gaitas e bandonas Num contenda sem garruchas e nem lanças Minha adagas são os dedos nas bordonas Trago no canto clarinadas de esperanças