Enquanto tantos campeiros Vão virando forasteiros no vestir e no cantar Sempre tem algum gaudério Pra levar o pampa a sério e manter o seu lugar Falo desse homem rude Que por mais que o tempo mude não cambeia de maneira E pilchado à moda antiga Vai peleando nas cantigas sem seguir outras bandeiras Vai meu galo não te abaixa Que um homem de bombacha não se entrega assim no mas E sempre que um quera canta O atavismo se levanta na garganta dos demais Onde houver fandango ou farra Tanto faz gaita ou guitarra ele logo da de mão E batendo forte ao peito Deixa claro no seu jeito que se orgulha deste chão Esse homem de quem falo Já levou tantos pealos que se encheu de cicatriz E assim de passo a passo Conquistou o seu espaço sem perder suas raízes Vai meu galo não te abaixa Que um homem de bombacha não se entrega assim no mas E sempre que um quera canta O atavismo se levanta na garganta dos demais