De vez enquando é bom sair do sério E fazer média com a madre canha Que dá tempero à alma do gaudério Que sai pros bailes balançar picanha O mundo é louco e louco que não sabe Que as percantas vivem de artimanha Aproveitando antes que o mundo acabe Enquanto cabe, vivo só na manha Quem vence todas não fala a verdade Não há vaidade comer pão com banha Quem não conserva a própria identidade Entra no jogo, bate, mas não ganha Coisas e causos que essa orelha escuta Quem é da luta muito pouco estranha Vida malvada e cheia de arapuca Mesmo mais forte, por vezes apanha Quando me apego, me prendo por conta Se perco a voz, me defendo na sanha O tempo feio jamais me espanta Daí que sai a corangem tamanha Quem vence todas não fala a verdade Não há vaidade comer pão com banha Quem não conserva a própria identidade Entra no jogo, bate, mas não ganha