Quando eu saio a camperear no meu bragado de luxo A peonada se cochicha ali tá indo um gaúcho E no pealo do dia de cucharra sobre o lombo É na destreza de um taura que o Rio Grande vem nos ombro (E o quera tem que ser bom pra viver cá na campanha Toreando a carcaça ás ganha e escorando uma de canha Quem sabe a lida campeira traz a sorte falquejada Que se criou em galpões e se fez nas madrugadas) O índio mais caborteiro senta a espora no ouriçado Na doma destes ventenas fica em cima o mais penteado Com o campo por testemunha e a tradição por querência Segue no osso do peito o orgulho de uma consciência Nem com fumaça nas ventas o galponeiro se achica Pois traz no poncho da alma a verdade que acredita Quem embuçala a saudade na maciota do peito Sabe que o tranco de um galo mora no braço direito