Foi na querência que nasci andante Sentindo sopro do vento pampeiro Guardei auroras de manhas gauchas Pra ver meu pago crescer altaneiro. Me fiz monarca pelo amor a terra Onde houver povo quero estar presente Pra embalar os campos, rios e serras No entonar de uma canção nascente. E nesse meu orgulho de monarca Trago a ternura que um serrano canta Retemperando a alma do rio grande Com muitos versos na minha garganta. Carrego tarcas de um ritual campeiro Pelo meu pampa num bater de marca Na voz do povo refazendo a história Por esse orgulho que m fez monarca. Eu sou da estirpe que semeou coragem Um bom gaucho que o temor não truca Uma voz forte a dominar paragens E um ideal que se apaga nunca. Sou luz de estrelas pelas noites calmas Voz de cordeona para alguém dançar E o gauchismo que me vem da alma É a razão pra me fazer cantar.