Sempre que danço esse xote puladinho Levando a prenda pendurada no pescoço Ela me aperta e eu me sinto pequenino Embora seja um índio velho meio grosso. O xote é bom pra se arranjar uma namorada Afigurar quando o salão tem pouca gente Ouvir a prenda murmurar apaixonada Como tu dança tão gostoso e diferente. De madrugada quase sempre alguém reclama Pra que o gaiteiro toca bem de vagarinho Ai como é bom um xote lento pra quem ama Trocar abraço num embalo de carinho. E dê-lhe xote, dê-lhe aperto, dê-lhe embalo A noite é longa e o salão tem mais espaço Pra quem conhece o trote duro do cavalo É uma delicia o tropezito nesse abraço.