Resolvi dar uma volta no rincão onde eu nasci Para matar a saudade dos tempos que eu lá vivi Quando eu abri a porteira com tristeza pressenti Que já não tinha mais nada do que eu deixei por ali Ouvi com muita tristeza o cantar da juriti Parece até me dizendo nada mais existe aí Saudade quanta saudade do rincão onde eu nasci Saudade quanta saudade dos meus tempos de guri Saudade quanta saudade do rincão onde eu nasci Saudade quanta saudade dos meus tempos de guri A casa onde eu morava numa tapera virou Eu quis chamar por alguém porém a voz embargou Nisto chega um cavaleiro que deste jeito falou Por aí não tem mais nada, quem não morreu se mudou Não vi o negro Avelino, caseiro do meu avô Daquela hora em diante saudade me dominou Saudade quanta saudade do rincão onde eu nasci Saudade quanta saudade dos meus tempos de guri Saudade quanta saudade do rincão onde eu nasci Saudade quanta saudade dos meus tempos de guri Dei de rédeas no meu pingo e para casa voltei Mas até chegar em casa muito pranto eu derramei Deixei passar tanto tempo só agora me lembrei Que eu tinha uma obrigação de ver o que lá deixei Porém cheguei muito tarde e nada mais encontrei Só resta agora saudade do lugar que me criei Saudade quanta saudade do rincão onde eu nasci Saudade quanta saudade dos meus tempos de guri Saudade quanta saudade do rincão onde eu nasci Saudade quanta saudade dos meus tempos de guri