Quem nunca dançou numa bailanta do interior Dessas dum rancho de taipa e de capim Sobre uma luz tremelunzente do candiero Sentindo um cheiro de poeira de jasmim Quem é que nunca se chegou para um fandango Com um pé que um leque e a alma os corvodoes Dando de rédia e o pingo faz susdaço Comendo a pé, atalhando nos crodoes Se tem alguém que não dançou nessas bailantas Ou nunca viu um gaiteiro tipo bicho Não conhece meu Rio Grande quando canta E nem sabe o quanto vale um bom cambicho Não conhece meu Rio Grande quando canta E nem sabe o quanto vale um bom cambicho Bailanta rude e expressão de telurismo Em cada canto do pago sempre em flor Onde o rico e o pobre se aprochegam Dando impressão que o mundo é só de amor Eu lhes garanto que às vezes tenho gana De libertar um grito preso na garganta Chamando a todos pra que entrem no compasso Fazendo desse mundo uma bailanta Se tem alguém que não dançou nessas bailantas Ou nunca viu um gaiteiro tipo bicho Não conhece meu Rio Grande quando canta E nem sabe o quanto vale um bom cambicho Não conhece meu Rio Grande quando canta E nem sabe o quanto vale um bom cambicho