Passei a mão na xerenga Pra cortar um naco de fumo Andava meio sem rumo Consultei os quatro vento Atei o laço nos tento E uma mala na garupa Eu saí no upa e upa Seguindo meu pensamento Eu entrava noite à dentro Na marcha do pingo branco Na casa do Tico manco Cheguei batendo as esporas Atei o pingo na hora Que ficou mascando o freio E o baile estava pareio Pra quem olhasse de fora Paguei a entrada e entrei Fui me sentar lá num banco Avistei ali num canto Uma prenda linda e buenacha Tava de cabeça baixa Pois seu pai não era manso E eu não passo de ganso Cheguei batendo a bombacha O velho deu um resmungo Limpou o pó da garganta Em seguida se levanta Se chegando pro meu lado Procurei ser educado Sem perder as estribeira Pra ninguém chiar a chaleira Com o fogo quase apagado Tirei a prenda e dancei Um bochincho se iniciou O pai dela não gostou Parei na segunda volta Fiquei do lado da porta Não deixei ninguém passar Gritei eu quero mostrar Como é que um cusco se solta Eu estava de bombacha E que era baile de magrinho Notei que estava sozinho E o baile estava bonito Eu saí meu esquisito Meu cavalo estava junto E para encurtar o assunto Voltei pro rancho solito